segunda-feira, novembro 07, 2005

SICA XI - A Grande Batalha

Começava a ser escrito mais um capítulo na história universitária, velhos rivais encontravam-se e preparavam-se para mais um duro e viril embate mano-a-mano que durante eras tem vindo a provocar inúmeras baixas.

Biologia e Ambiente, um interesse em comum, a total aniquilação do adversário. Os senhores da guerra reuniram-se em terreno neutro incerto para debater os termos do durante e pós batalha, chegando a um consenso: granadas, minas, chicotes, navalhas, prisioneiros ou até mesmo violações eram permitidos mas em tempo algum poderia ser usada essa letal arma no combate ao crime: o ácido acético, vulgo vinagre.

As tropas foram convocadas, reunidas e informadas do teor da assembleia extraordinária que havia decorrido. Todos assentiram e puseram mãos à obra pois sabia-se que as forças do mal contavam com um número várias vezes superior de elementos à sua disposição.

Azuis, verdes, amarelos, brancos, vermelhos, roxos, S ou L, o arsenal recolhido estava pronto para ser equipado. Pólvora, pimenta, HCl, urânio empobrecido ou até mesmo o rubi vermelho foram recomendados pelos especialistas do ramo no sentido de provocar a total extinção da espécie “Bioshocus animalus”, no entanto ficamos-nos pela aguínha da torneira.

Semanas de treino, dias de prática, horas de estudo, tudo em prol do sucesso da operação prestes a executar. Momentos antes de tudo acontecer ultimavam-se preparativos no que diz respeito ao armamento.

Dezoito horas como marcado, eis que o exército ambientalista, após concentração prévia no quartel respectivo, avança em direcção ao campo de batalha, não sem antes passar junto àqueles pelos quais tanto anseavam.

Era tempo de dispor os bravos no terreno e incumbir a cada um específica tarefa, a qual urgia de precisão precisa, relembrando a desproporção face ao inimigo. Tratou-se de definir que face à clara desvantagem havia necessidade de sacrificar alguns dos soldados em nome de todo um curso, soldados esses que em amplas demonstrações de coragem penetrariam território pantanoso, selvático, quiçá arenoso, pelo menos assim reza a história, pois de heróis passados nunca o regresso fora realidade. Decidiu-se em tom irónico apelidá-los de “kamikazes”.

Mas o avançado treino ao qual os “ Patronus Ambientalis” se sujeitaram, não serviu apenas para os ditos “kamikazes”, deste sairam autênticas máquinas de guerra, sujeitos sedentos de sangue prontos para matar e cujo equipamento se cingia a uma bata branca e um par de luvas de latex (literalmente), a estes designamos por “para-médicos”, ou então os esquartejadores, indivíduos preparados pelos mais qualificados "sensei", mestres na arte de manejar "laminosas" , porém à falta de sabres, ficaram-se pelo semelhante a máquinas de sulfatar manuais.

Ora referidas que estão as equipas de intervenção da linha frente, há que homenagear a não menos corajosa equipa da retaguarda. Duas filas dispostas horizontalmente, devidamente espaçadas e munidas com o mais brutal equipamento de chacina. Dotados de uma mira nanométrica, usando uma simples fisga são capazes de acertar numa toupeira a 3 kilómetros de distância, estando de olhos tapados, de costas, mãos amarradas, a serem espancados, e a toupeira a uma profundidade de 100 ou 200 metros.

Ruidoso ruído reflectia-se no horizonte, pássaros irrequietavam-se e um pútrido e intenso odor invadia todo o recinto, alerta, a trupe ambientalista avistava os “bioshocus” acercarem-se do túmulo que os esperava. Grunhindo feminina e violentamente, encontravam-se entusiasmados e excitados confiantes na sua superioridade numérica.

Viveram-se minutos de extrema tensão entre as facções adversárias, o ambiente estava electrizante e eis que chegara o tão aguardado momento. Qual Frodo encarregue de levar o anel até à Montanha de Fogo, Sidónio ficara encarregue da ingrata tarefa de ter que expor o seu nalguedo à poluição e às radiações envolventes, neste caso não virado para meca mas sim para os alienados.

E assim começara, ainda antes que o sol brilhasse em rabo alheio reluzindo como Lua Cheia de Agosto, eis que os jovens suicidas velozes avançaram pelos flancos com nada mais que uma forte vontade de serem violentados ( e porventura violados ). Invadido que estava, era altura de fazer o reconhecimento ao local e começar a provocar o pânico e o terror entre as hostes residentes. Sangue, muito sangue e talvez um ou outro braço, jamais se pensara que os níveis de agressividade, horror, tragédia se elevassem de tal maneira, enquanto uns pensavam nas famílias, nos animais, no clube, lá continuavam eles, autenticas baratas tontas espezinhando minas levando com o fogo cruzado ou simplesmente sendo pontapeados, porém sem nunca mostrar sinais enfraquecimento ou descrédito na vitória.

Do outro lado, as coisas corriam bem melhor, partida que estava a ofensiva adversária, nada puderam contra a organizada defensiva que qual exército de D. João I em Aljubarrota e apesar de não aplicada a tática do quadrado, despachou as “bioshockas” como se de espanhois se tratassem.

Estava tudo muito perto do fim, se não quando um contra-tempo surge que poderia por em causa o sucesso de toda a operação, que poderia provocar um revés em toda aquela situação. Apesar de afixado, apesar de avisado e sobreavisado, apesar dos constantes lembretes antes e durante a Grande Guerra, é denunciado o uso do fruto proíbido. O cheiro não o desmentia, estavamos na presença do ácido acético. Um enorme reboliço gerou-se e as atenções não mais estavam concentradas em acções belicistas, pois mesmo essas já estavam mais que definidas ainda antes do início.

Os olhos. Não se sabendo de quem partira a agressão, não se sabendo como fora efectuada, apenas se sabendo o alvo atingido, os olhos. É obvio que o importante no meio disto tudo não era saber quem ou o que fora atingido, o importante é que um código de conduta e de ética havia sido desrespeitado. O reagrupamento dos pelotões e o acalmamento dos mesmos era uma necessidade. Cordialmente e de urgência os capitães de cada lado reuniram-se, discutiram sobre o assunto e concordaram sobre os vários erros cometidos ( nomeadamente dos biológicos em terem aparecido ).

Era tempo do regresso, haviam feridos e feridas a sarar, engessamentos, entalamentos, contusões, transplantes, transfusões, no meio de tanta confusão só uma certeza permanecera: 15-0 dirão uns, até os comemos dirão outros, o certo é que nada foi capaz de parar a armada ambientalista.

Regozijemos pois então mais uma vitória e enquanto isso ficaremos a aguardar por mais uma re-edição com promessa de uma vez mais renovarmos e mantermos o título de invencibilidade.

Intés...

sexta-feira, novembro 04, 2005

O recomeço...

Passada a época dedicada à lavoura, eis que regressamos ao que tanto nos deu que fazer e que no entanto tão pouco acabou por ser feito. Foram bons aqueles 29 dias de correrias atarefadas, mazelas físicas tudo isto acompanhado pela banda sonora composta por 9 ou 10 máquinas que carboravam qual orquestra a tocar a 9ª sinfonia de Beethoven.

Mas é necessário andar para a frente e como tal, mais recheada a conta a bancária, saradas as feridas e feita a matricula correspondente, dou por mim novamente no local do crime. Como qualquer criminoso que se preze, o regresso era previsível e inevitável. Um início marcado pela serenidade e sobriedade de duas ou três noites marcadas para relembrar momentos aureos por lá vividos.

O caloiro...

Bom, qual a melhor definição definição de caloiro? Uns por ventura dirão que é um animal sem sexo ou direitos, outros não o dirão porque se encontram nessa posição. Duma coisa estamos todos de acordo, só o somos uma vez na vida. Isto pelo menos em teoria, eu atribuiria o título de caloiro não ao número de matrículas mas antes ao estado de espírito exibido pelo indivíduo. A prova disso mesmo é a existência dos chamados caloiros infiltrados, gente que ou procura integração, ou gosta de se exibir ou tão simplesmente se diverte como tal. Duma coisa é certa todos temem a tão falada praxe.

Existem rituais esquisitos praticados por certos individuos que se julgam superiores a outros por alegadamente se vestirem de maneira diferente, não vamos falar dessa gente mas falemos antes da praxe. Ora a praxe e vamos a um bocado de história, remonta ao ano de 1765, provem do latim praxis que significa p=party, r=ramboia, a = amanda-te que se ela não quiser diz não, x=xii bebeu demais, i=ii outro que capotou e por fim s=s’alguem vir o meu tlm por ai que mo dê. Temos que na altura havia muito tempo livre e o alcool já então era uma realidade, daí que achou-se por bem arranjar mais uma desculpa para que se pudesse beber desenfreadamente até ao estado de espumescência oral, e porque não juntar a isto tudo alguma diversão.

Nem só de diversão vive o Homem e ao contrário do que muitos possam pensar a praxe propriamente dita nada tem a ver com a tradição académica e muito menos tem algo a ver com Coimbra.

Isaltino Arrolhos, tasquista valecambrense decidiu um dia emigrar indo parar a Oliveira de Azemeis (aí uns 8/9 kilómetros de distância ) e enquanto forasteiro teve necessidade de se integrar na comunidade. A principio as coisas não foram fáceis, principalmente a parte em que as crianças lhe davam pontapés e chamavam nomes, no entanto Isaltino estava mentalizado em cingrar no estrangeiro, senão quando, em glorioso dia depara-se com o que de facto lhe mantivera acesa a alma todo aquele tempo, uma tasca. Isaltino entrou confiante e cofiando o bigode mal tratado ( pontas espigadas, nao usava pantene pro-v ) eis que pede em voz alta “ É uma malga de tinto maduro!”, em região de vinho verde eis que todos olham para o balcão onde o destimido estranho acabara de fazer tal arrojado pedido. Os três indivíduos que se encontravam no estabelecimento levantaram-se e dirigiram-se de forma ameaçadora em direcção a Isaltino que em gesto repentino agarra na malga com a mão direita como se de uma arma se tratasse e ao elevá-la ao nível do buço é quase agredido pelos grunhidos disformes proferidos pelos conterrâneos que pareciam dizer algo como “ Mão direita, mão direita é penalty!”. Isaltino cedo percebeu o que tinha que fazer e inspirando fundo deu três corajosas goladas e matou o inimigo, que é como quem diz bebeu todo o conteúdo da malga. A malga era linda. Branca, com um padrão colorido semelhante à mais fina porcelana chinesa, umas manchas rosadas provavelmente pelo facto de estar mal lavada e umas inscrições que pareciam descrever o mais belo dos poemas mas que não era mais que um simples “ Made in Cortegaça”. Arregaçando a manga e pousando a malga, sorrira e dissera “ Consegui!”. Os 3 sujeitos curvaram-se, um deles exclamou “ Avé senhor” e o modesto novo herói apenas conseguiu dirigir um “obrigado” até porque de seguida os homens abandonaram o tasco deixando-no sozinho.

Isaltino sentia-se triste. Demasiado agressivo pensou ele, o certo é que se encontrava ali como que perdido numa terra desconhecida e rodeado por pessoas que nunca vira, o que era verdade mas como já estava embriagado, por momentos, esqueceu-se disso.

Bom.. acho que não era esta a história, de qualquer das formas também ninguém quer saber disso mesmo.

Cingindo-me à realidade que me circunda, deparamo-nos de facto com algo menos trágico e menos saloio. Existem os tascos, existem as malgas, mas existem sobretudo os ditos forasteiros e é sobre isso que vamos falar...

sábado, agosto 27, 2005

O maravilhoso mundo do Trabalho

Ora bom, após um rompimento com os patrocinadores, acabaram-se os fundos e como tal a emissão do diário da queima foi suspenso indefinidamente. É possível que um dia destes seja retomado, por ventura não significa necessariamente a continuação desta edição mas de uma futura. As minhas desculpas ao caro leitor ( não tive notícia ainda que seja mais que um e desconfio que seja eu próprio para verificar a presença de erros ortográficos).

Coisas alegres, hilariantes, ridículas, tempo a mais, alcool a menos, enfim um rol de características me levam a relatar o atribulado quotidiano de Pedro Almeida. Certo dia vira-se o Cristo para mim e diz-me “Meu... e que tal arranjares uma vida.” Percebi então mais tarde que não fora o Cristo mas sim um qualquer rebarbado com quem eu dialogava via um desses antros manhosos do ciber-espaço. Decidi acatar a opinião e pus mãos à obra.

The beginning.

A vida de artolas não é bonita nem tão pouco agradável, uns dirão que a culpa é da vadiagem outros possivelmente culparão o macaco, eu prefiro crer que é da sorte ( ou da falta dela).

Após quase ganhar o jackpot do Euromilhões ( ainda acertei num número ), após quase transitar de ano lectivo ( faltou-me o de sempre bocadinho assim |___| ), tive que me refazer e andar com a vida para a frente, daí que optei por ingressar no profissional mundo do trabalho. Não, não entrei para a prostituição, não por falta de aptidões do foro físico por certo, mas porque julgo que o mercado está saturado e eu não iria acrescentar nada de novo ( se bem que não fico mal de saltos altos, top rosa e saia de cabedal preta..), em vez disso aderi ao fascinamente mundo do embalamento. Não, também não falo em street xuning racer (se é que alguém mesmo consegue relacionar a palavra embalamento com velocidade para além de mim). Co-packing, assim é o designo técnico da actividade por mim, com a cooperação dos colegas de trabalho, desenvolvida.

A empresa.

Era eu uma criança, digamos até aos meus 10 anos julgo, e sempre fora feliz e de boas relações com os individuos responsáveis pela manutenção da então Colep. Faziam-se festinhas para os meninos, que devidamente acompanhados pelos “papás” lá iam receber prendinhas por alturas do Natal. Longe andava eu de pensar que algum dia o destino me pregaria uma rasteira e se nesses saudosos anos eu, petíz, curioso, desembrulhava aquelas caixas freneticamente na ânsia de verificar o seu interior, eis que se não passados quase 10 anos, dou por mim na mesma Colep ( na verdade ColepCCL para ser mais preciso na medida em que resulta da fusão com a empresa rival de mercado ) a enfiar (literalmente) material para dentro de caixas qual geek informático em práticas onanistas após meia hora sem ver pornografia na rede.

O trabalho propriamente dito.

Na prática poder-se-ia descrever de forma muito simples, mas julgo que tudo o que por lá se passa merece ser descrito com um lirismo bem mais complexo e perfumado que um simples “ o trabalho é uma merda.”.

Confesso alguma inaptidão da minha parte para tudo o que seja referente ao acto de... bem vistas as coisas de fazer seja o que for que requeira esforço mínimo, no entanto, sendo eu aquele mente aberta, uma espécie de escuteiro sem farda e sem o mítico fardo homossexual inerente, parti para a aventura disposto a encontrar de tudo.

As primeiras visões recordo-me regurgitam sentimentos tenebrosos, suores frios e suados, algumas pinguinhas na cueca, mas nada que não fosse ultrapassável. Lá estavam eles. Novos soldados, libertadores de uma pátria, ou simples jovens à procura de algum para estorrar em drogas, sexo ou sapatos.

Endereçados ao “matadouro” qual rebanho desorientado, eis que somos recebidos pelo “pastor” ( por acaso até era uma pastora ) pronta a mostrar-nos o local de pastagem, isto não sem antes recebermos uma aula de história, não com o professor José Hermano Saraiva, mas antes com uma qualquer personagem de bata branca.

Percorrido todo o espaço foi tempo de por as mão à obra. Vini, vidi, vinci que é como quem diz, cheguei lá e atiraram-me para um canto “ Agora espera aí se fazes o favor.”

Enquanto membro do já designado rebanho, aceitei as ordens e aguardei.

Eis que chega a tão temida hora (!), e pergunto-me eu sobre o modo de explicar isto de forma a que me faça entender. Imaginemos uma prova de ciclismo, talvez a volta a Portugal. Ora em qualquer corrida há um lider, o camisola amarela, e assim não foge muito numa linha de montagem só muda a designação ( chefe de linha ) e não precisa de andar de amarelo... Depois há o pelotão que corresponde naturalmente às restantes marionetas.

Por muito que o não pareça, o dito trabalho ( eu prefiro pensar que é escravatura remunerada ) não é linear e assim como a volta a Portugal tem os seus momentos:

- Fugas, de quando em vez um dos subordinados em acto de rebeldia decide acelerar o ritmo de produção qual Candido Barbosa a fugir de Sousa Pernamanca, por conseguinte sendo este pertencedor ao já referido pelotão;

- Perseguidores, naturalmente referindo as fugas há sempre um ou outro perseguidor, que é como quem diz destemidos e bravos trabalhadores que anseiam por uma eventual promoção ao tentar fazer mais que aquilo que por vezes é possível;

- Carro vassoura, carro é um termo exagerado, são mesmo paletes. O indivíduo responsável carrega com o material do fundo da linha para a palete e posteriormente quando completa e com o auxílio do porta-correspondente para o local pré-destinado;

- Público, é isso mesmo, tratando-se de um espectáculo ( falo da volta a Portugal ) tem naturalmente a sua audiência. Ora nós também o temos. De quando em vez lá aparece um forasteiro armado em bombeiro voluntário ( sem a mangueira ) e daí podemos ter: os que “sim” e os que “até era mas estou aqui com uma cãimbra e não me dá muito jeito”, ou seja, os que estão para o paleio e aqueles que intervêem. No fundo falo daquelas pessoas que gentilmente regam os ciclistas ou dão palmadinhas nas costas e empurram o ciclista em tempos difíceis ( muitas vezes levando a que estes caiam ). É precisamente deste tipo de gente que falo;

- Contra-relógios, neste caso não será igual na medida em que não há intra-competição, mas antes um adversário comum a todos, o próprio relógio. Por dia verificam-se 4 “provas” deste tipo, antes dos intervalos, antes da hora do tacho, e perto da hora de dar de frosques;

- A subida ao monte da Graça, pode não o ser sempre mas o momento alto do dia verifica-se ali após o re-abastecimento das tropas, por volta das 21 horas. De resto pode não se combater a inclinação do terreno, mas não o é mais fácil combater o regresso após meia-hora em repouso quase clínico já para não falar das intempéries provocadas pelos industriais aparelhos de ar-condicionado.

- O pódio, de facto não existe, se bem que há por lá material com qualidade suficiente para ir entregar flores e garrafas de champanhe.

Dá para ver portanto tal a azáfama que por lá se orienta. Há coisas que não são bonitas de se ver é certo, o cheiro nem sempre é o mais agradável, os momentos mortos abundam e abusam, no entanto tem sempre aquelas pérolas que até nem tornam a coisa tão má como isso.

->Lá dizia o outro “antes a trabalhar que metido na droga” não digo que não, se bem que por vezes esta teoria é refutável...

sábado, junho 18, 2005

Semana do enterro

Ahhhhhhhh...

Uma saudosa espreguiçadela antes de prosseguir com este entusiasmante diário.

Bom vamos ao que interessa...

Segunda, dia 2 de Abril de 2005:

- Cabeça de cartaz: O bem-amado e pai de todos nós Quim Barreiros;

-Dj convidado: o “xôtor” Fernando Alvim;

- Por onde começar pergunto eu... de facto o cartaz hoje prometia ser o mais dado à paródia, mas porquê começar pelo fim...

O dia começou bem cedo ( aí por volta do meio-dia e picos ) e depois da habitual tachada no restaurante de sempre e do roço micósico imposto pelo médico, ao olhar para o sol e verificar que eram perto das duas da tarde ( não eu não andei nos escuteiros..), lembrei que me fora aconselhado previamente uns dias, a comparecer no centro de congressos porque não sei quê carro de curso e tretas desfile bla bla bla.. ( foi este o sumo que aproveitei da conversa ), lembrado isto pego na troucha, monto o cavalo e lá vai ele a galope até ao local de trabalho que me fora comunicado.

Chegado ao local de trabalho, reparo que via muita gravata e pouca nódoa na roupa, pensei, de mim para comigo, FOSTE ENGANADO OH TANSO! Bom, acontece que enganado não tinha sido, mas os dados foram um pouco imprecisos, vai daí recorro ao meu simples nokia 5210 patrocinado pela VODAFONE ( nº 914.. bah.. não queriam mais nada não?) e faço ali meia dúzia de telefonemas enquanto o Zé Castro metia de igual modo meia dúzia de tijolos na obra em que atrolhoava. Perto estava eu, aí a um quarteirão de distância, e chegado ao tão desejado local deparo me com e atenção, um local cheio de pessoas dialogando sobre eventuais projectos de construcção. Não me pareceu que houvesse alguma anormalidade até então, exceptuando o facto de não conseguir detectar vida ambientalistica. Olhei em volta e de facto nada. Esperei um pouco ( 15 minutos ) e lá me decidi a usar o móbil quando me dizem “ já vamos”. Ao se virem dizem-me de imediato “ que cena man, não estou equipada para me sujar vou ter que ir mudar de roupa a casa”, pois minha amiga de facto é chato mas não estavamos lá para ir às compras... Procedo eu então para uma nova chamada, para aquela a quem eu mais devo o facto de ter ido para ambiente ( só dei conta disto depois de a ter conhecido ), a minha (futura) madrinha de curso que quando interpelada pela situação a que foi sujeita me diz “ erm.. vou ver o que posso fazer digo-te já alguma coisa “; o tempo foi alegremente passando e isto quase hora e meia depois em relação à hora inicialmente prevista começa a chegar pessoal cheio de força e ideias para de facto se começar a fazer alguma coisa...

- O projecto:

- Confesso que tive uma ideia um pouco esquisita quando me foi esclarecido qual era a ideia do projecto para o nosso veículo, acho que se fosse a ilustrá-lo daria qualquer coisa como isto:



- Bom a partir daqui limitamo-nos a por as mãos à obra por isso vou avançar para a parte que interessa. A NOITE!

- Agora que falo da noite, acho que o mais complicado é mesmo lembrar-me como é que esta começou. Mas fazendo um pequeno esforço recordo-me que não metia o presidente da junta a distribuir dinheiro ( com algum lamento da minha parte ). De facto metia um tipo de entertenimento menos lúdico mas que de igual serve para passar algum tempo e sempre requer menos investimento: uma jogazinha de Unreal Tournament. Interessante dizeis vós por ventura, tristes deprimentes dirão outros, o que interessa é foi este o ponto de partida para a grande noite. Após algumas discussões sobre onde melhor colocar máquinas digitais por forma a apanhar as colegas de quarto em trajes menores ( ou mesmo sem qualquer traje J ) lá partimos nós em direcção ao recinto, desta feita sem a obrigatória paragem na praça do peixe.

- Atingido o destino ( ao som de Korn que se diga ) não faço ideia a que horas, para aí umas 23 e muitos, 00 e poucos ( afinal faço ideia ... ) , partimos em busca de algo que nos alegrasse a noite. Fomos então aprender a fazer ponto cruz. Ora o ponto cruz é uma coisa interessante se não vejamos:

O ponto cruz básico - primeiramente arremata-se a linha no tecido, e começa-se com movimentos debaixo para cima, fazendo posteriormente um carreira de ida até ao espaço indicado pelo macaco a ser bordado. De seguida inverte-se o movimento e prossegue-se o mesmo seguindo na direcção também inversa ( de cima para baixo ).

Podem conferir com o gráfico seguinte.

- Após este momento extremamente reconfortante e de cariz bastante pedagógico, damos por nós a ser assaltados por um grupo de brasileiras em tangas fluorescentes que nos apontam ameaçadoramente os seus voluptuosos seios equipados com uma recente dose do melhor silicone que se encontra pelo Brasil ( 1000$ = 36 D ) já para não falar nos pontiagudos túrgidos mamilos deveras a pedir uma trinca. O que elas queriam ninguém sabia mas o aparato também não deu para reparar em muito para além do aspecto das meleantes. Nada levaram apenas deixaram o desejo de... bom ok, ok.. por certo terão reparado que tudo isto é um bocado bom demais para ter acontecido ( e não falo das brasileiras ), o que realmente se passou ou não interessa a ninguém ou simplesmente nao me lembro. Recorri ao cartaz e reparei que estava lá algures a Magna Tuna Cartola ( ihey \o/ ) portanto adiante.

- Chega o grande momento, que é como quem diz, fomos “estacionar” lá bem para a frente por forma a podermos sentir com aquele entusiasmo que nos caracteriza, aquelas vibrações vibrantes que nos fazem vibrar. Desde o cheiro do bacalhau, passando pelas mamas da cabritinha, enfim fomos abençoados por todos aqueles doces que deixam qualquer criança de 18 anos e com uns copitos, feliz e com disponibilidade que chegue para dançar ( ou mesmo tirar fotos ) com qualquer dama que não se negasse a fazê-lo.

Foi um grande espectáculo que terminou com os clássicos “comboios” presentes nas festas populares portuguesas.

- Terminado o grande concerto da noite que a mim particularmente me deixou bastante cansado, eis que se seguiu a Cartola’s Band que eu pessoalmente não gosto ( não me perguntem porquê mas não estava com paciência para os aturar ), o que se reflectiu numa paragem momentânea para recuperar o fulgo e emborcar um pouco do nectar revitalizante.

- Para terminar a noite mais um grande nome no cartaz: Fernando Alvim. Quem não conhece este personagem..

Apresentou-se em força em palco, isto seriam aí umas 4 e qualquer coisa da matina e fez aquilo para que foi pago: passar música. Ora quem não está familiarizado com o trabalho desta amostrade adulto poderá pensar que provavelmente é só mais um. Desenganem-se se estão à espera de uma noite com boa música, bom lá terá os seus momentos, mas apostem na paródia confirmada pelas oscilações entre o techno e o pimba, pop ou até mesmo um bocado de rock. Esquisito ou não é uma questão de espirito.

- Falando da performance do artista, podemos começar por referir que estava altamente moralizado ( pronto.. os níveis de álcool no sangue é que eram elevados ), não deixando também de ser oportuno dizer que o homem completava aí uns 30 anos ( ou perto disso ),

- Não eramos muitos a curti aquele grande som, até o majestroso Dj se lembra de tirar a t-shirt. Curioso ou não e por muito que seja coincidência, ( a menos que eu estivesse distraído ) reparei que houve um aumento do espaço disponível no terreno de dança ( o mesmo é dizer que o povo fugiu qual Marias Madalenas). Bom tendo em conta o nível de sinceridade que eu tenho com o leitor, vou contar aquele que foi sem dúvida um dos episódios mais estranhos que se passou na minha miserável vida, se não vejam: não tenho a certeza se era Prodigy que estava na altura a passar, mas eu estava ao rubro. Vai daí que já possuído pela música, sou possuído por trás por alguém que fez o favor de me acompanhar em movimentos que eu considerei deveras agradáveis ( e agradáveis eram também as amigas que roçavam de forma quase bruta nas minhas costas ), nisto ia me eu virar para ver com quem estava eu a ter o prazer de partilhar a noite, quando a mesma se me desaparece e tenho uma visão menos agradável, a de um indivíduo embriagado que se aproxima de mim e me diz “ Eu também gostava de ter umas mamas daquelas a roçar em mim..” ora bom, confesso que fiquei estupificado durante uns bons 5 minutos e a pensar no que é que se tinha passado por ali.

- Até às 6 da manhã foi sempre a “malhar”, com uma ligeira paragem para entoar “ os parabéns” ao aniversariante. Dei saída do recinto seriam aí seis e qualquer coisa, já de dia, e já sem esperança que um autocarro qual cavaleiro andante por lá parasse para nos dar boleia. Iniciei marcha junto com um companheiro ( abraço p’ró Fonseca ) e fomos nós, se não quando o tal salvador passa por nós. Sem forças para arrepiar caminho seguimos desamparados numa viagem de cerca de uma hora a pé. Chegado a casa, pensei por momentos que me tinha equivocado no quarto, isto porque estava lá uma rapariga ( acompanhada do namorado, mas também não interessa ) e a modos que não liguei pívia ao cenário e fui me deitar...

- Momentos altos – O tio Quim e o Alvim não desiludiram antes pelo contrário.

- Sensor-aranha – Leves vibrações mas a tristeza do costume.

Aí está mais um capítulo relatado.. espero que gostem.. por certo estas coisas demoram tempo.. mas dentro em breve (...) colocarei mais qualquer coisa.. entretanto tenham uma boa vida ;)


domingo, maio 08, 2005

Ora como eu me engano... quando tempos atrás me referi “ aos meses em que tudo acontece” por certo estava longe de imaginar no que eventualmente se poderia suceder neste mês que ainda nem acabou...

Confesso que este foi sem dúvida um dos melhores meses da minha vida e todo ele foi perfeito à excepção de alguns pormenores que relatarei adiante.

Vou começar talvez por começar por falar de algo pouco ético a meu ver... o enterro das gatas. E diz-me o caro leitor “ó meu animal lá porque tu na altura vias duas gatas era só uma, vê lá se acordas pá vida!”. Pois bem falo de gatas ( mas escrevo sentado... ) porque não me limitei à muy nuebre, porem um pouco pobre, gata de aveiro e fui ver como é que andavam as gatas por Braga ( e que belas gatas... ).


Por forma a não tornar isto muito maçudo vou fazer assim tipo quando estavamos em alturas do Euro. Eu vou ter o meu próprio diário do enterro ( confesso que era um desejo que sempre tive desde puto, mas não tinha dinheiro para canetas e desta forma não gasto tinta).
Não deixa de ser estúpido chamar lhe diário, visto que devia este texto deveria ter sido escrito diariamente e não passados uns dois ou três dias. O problema? Já não me lembro de metade do que se passou, não se pense que foi por ter estado bêbado, prefiro pensar que simplesmente tenho má memória.


O DIÁRIO DO ENTERRO DA GATA EM AVEIRO 2005 ( aposto que não estavam à espera de um título tão original...)

Sábado Dia 31 de Abril de 2005:

- Cabeças de cartaz : Xutos e Pontapés.
- Restantes bandas/ Djs: não interessa ninguém os conhece.

- Foi um dia interessante, foi a um sábado, de resto este foi o primeiro fim-de-semana que passei em Aveiro e como tal o primeiro fim-de-semana que estive na famigerada praça do peixe. Tenho que expressar total desilusão no sentido em que nós em Vale de Cambra temos mais PiTaS! E quero também endereçar um AVÉ a todas as PiTaS desse país. O que é que se retira daqui? O fim-de-semana em Aveiro é menos colorido... Adiante.

- Após dizermos adeus à Super Bock ( sim porque a partir desse momento fomos, qual mártires ( abraço pa esse maluco ;) ), “obrigados” a beber Tagus, a bebida oficial do enterro. E digo obrigados porque não íamos obviamente ficar secos a noite toda.

- Entretanto uns badamecos quaisquer tinham estado a tocar “música”, e eis que se aprochega ( não sei sequer se esta palavra existe mas gosto e eu é que mando ) o tão aguardado momento: os XUTOS! Não me lembro da maior parte do alinhamento dessa noite, apenas me lembro que não conhecia mais de metade das músicas, não querendo dizer que não se tivesse curtido, simplesmente ou saltavamos feito animais e grunhiamos ( para fazer de conta que até sabiamos a letra ), ou “moshavamos” quais borboletas sobre o efeito de drogas muito esquisitas ( digamos que não chegava bem a ser moshe pois não tavamos numa de agressividade).

- Momentos altos do concerto: provavelmente os classicos “a minha casinha”, “à minha maneira”, o último single deles.. ( aquele que mete o coração a cair e parte e essas chinesices, digo eu que para esses casos a porcelana não é aconselhável ... que raio estou para aqui a dizer). O grande espirito que se fazia sentir entre os presentes, as vozes erguendo-se em uníssono para uma só causa: o abaixamento das propinas!.. ou então estavamos só a cantar as músicas, não interessa de qualquer maneira.

- Como terminou a noite? Ora bom, digamos que há coisas que não são fáceis de lembrar. Neste caso... lembro-me ( J ), o pouco povo que restava decidiu ficar até as 6 e tal a curtir o som para ver se gastava as réstias de álcool que perduravam no sangue ( álcool esse que no dia a seguir se sente ( pelo menos a falta dele ) na medida em que nos deixa uma amarga recordação no pensamento ( ou simples dores de cabeça, tonturas, alguns ainda “gregam”, enfim uma festa... ).

- Sensor aranha? Avariado...

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Domingo dia 1 de Abril de 2005:

- Cabeça de cartaz: Jorge Palma ( oh my god que piadético);
- Restasntes bandas/Dj’s: mais um molho que ninguém conhece portanto avança-se;

- Gostava de poder partilhar consigo como é que este dia começou... isto se eu próprio me lembrasse. Julgo dar por mim a almoçar algures, num sítio com mais gente à minha volta o que deve ser bom sinal julgo eu. O resto do dia foi bastante excitante, se não vejam o que fiz, andei a passear cães, mudar a fralda a crianças e ajudei velhinhas a atravessar a estrada.

- Quanto ao início da noite deu-se no local do crime do costume, a praça do peixe com a habitual companhia da loira do costume. Seguidos para a também costume paragem d’ autobus, aproveito já agora para referir a parvalheira das mesmas, visto que era seguido um ritual um tanto ao quanto desprovido de racionalidade, se não vejam: imaginem 1500 pessoas à espera do transporte. Chega o transporte e 1400 dos mamíferos acama-se, eis que nem 2 minutos depois chega sempre um segundo autocarro completamente vazio prosseguindo o restante gado com a largueza proporcional ao tamanho do veículo disponível, o que no leva à priore a concluir ... deixo à larga do leitor, não me apetece concluir nada, até porque estou com vontade pa continuar a escrevir.

- Entrada no recinto sem grandes expectativas quanto à noite, de resto foi a noite menor assistência ( não que tenha havido alguma com grande enchente ), seguiu-se de imediato para o habitual altar no sentido de obter a purificação dos nossos males... a sede, e a inibição causada pela mesma. Não era dificil de facto atingir um qualquer local de culto que nos facultasse o suco divino, mas agora vou fazer uma pausa para falar de algo que nos toca a todos:

E quem é que nunca ouviu falar na chamada barriga de cerveja tão caracteristica no típico tuga? Ou quem é que nunca ouviu falar naquela celulitesinha provocada pelo chocolate na típica tuga?

Pois bem é aqui que entra um pormenor que eu achei deveras curioso e de resto agradável que consiste no facto de um desses templos de oração juntar o útil ao agradável e ao tempo que providência a oportunidade ao povo de ganhar aquela barriguinha também permite que os mesmos ganhem aquela bunda alargada isto tudo pelo mesmo preço. No fundo é só uma forma de as pessoas poderem justificar a má forma em que se encontram “ ai e tal eles é que impingem estas dietas à base de cerveja e chocolate.. sou só uma vítima desta sociedade”;

- Baixas expectativas quanto ao concerto e se à partida não se esperava muito, quando noticiado o suposto estado de inebriedade do artista então as coisas descambaram por completo... até ter começado o espectáculo. Porquê pergunta o paciente leitor, bom digamos que até à terceira música, altura em que se sentou ao piano, o artista foi o que normalmente se parece com.. um artista, o que de seguida se assistiu revestiu-se por certo de alguma comicidade, isto porque o senhor Jorge Palma andou aos papéis ( digamos que pegou nas partituras, andou à procura de alguma coisa mas a única que conseguiu foi deitar as folhas todas ao chão ) um outro episódio deveras cómico foi quando o mesmo após uns dez segundos a olhar para uma folha concluiu brilhantemente “ oops isto está ao contrário “...

- Numa fase em que já se ia a meio do concerto dá-se me uma vontade súbita de fazer algo que ninguém na altura ( nem actualmente ) podia fazer por mim e bem que me emancipo do recinto em que me encontrava para junto da melhor invenção de qualquer acontecimento festivo público. O Toi-Toi. Local de recreação, lazer, ou para espetar uma simples cagadela, o toi-toi proporciona momentos de prazer únicos, orgásmicos ou simplesmente aliviadores, no meu caso específico e no momento em que tal acontecimento se sucedeu, limitei-me a tentar dominar aquele animal que nos possui em épocas em que a bexiga está perto do rebentamento ( caso não tenha percebido o texto acima descrito, digamos que fui urinar ).

- A noite estava da pinta, grande animação, se não que nos dá para ver como andavam as sá-cristãs ali da zona. Iniciamos a ronda e pouco depois demos por nós num local qual confessionário com inversão de papeis, que digo eu? Bom como dizer isto sem ferir susceptibilidades. Inicialmente começamos por falar dos nossos pecados, as quedas em tentação, as injúrias ao próximo, enfim nada de muito extraordinário, e eis que por fim somos sujeitos à penitência: pela módica quantia de um euro cada eu e um caríssimo colega fomos sujeitos a um felácio proporcionado pela sá-cristã. Se por ventura o imaculado leitor ficou chocado ao ler estas palavras, dissuadua-se dessa ideia pois o felácio acima referido não passou de uma simples bebida com teor alcoólico elevado...

- Momentos altos da noite? Apenas aquilo que referi, nao creio que tenha havido nada mais entusiamante que isto...

- Como terminou a noite? Agarrado a uma sandes de chouriço e à espera do autocarro ... ( agora que me lembro não havia sandes de chouriço nenhuma, peço desculpa pela imprecisão do meu comentário). Foi a noite que acabou mais cedo, julgo ter abandonado o barco pelas 5 e qualquer coisa da matina o que de si diz da porcalhota que lá foi nessa noite. Valeu que outras noites superaram esta... just wait for them...

- Sensor Aranha: estranhamente continuava avariado.

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*,* Bom para já vou vos poupar ao resto do testamento J espero que estejam a gostar, brevemente colocarei o resto ( quando estiver escrito muito obviamente ) deste que tem sido um mês de loucuras. Quanto a fotos... quando eu próprio as tiver, poderei disponibilizá-las. Um bem haja a todos vós e sem mais assunto e até uma breve e próxima oportunidade,

Pedro Almeida.

segunda-feira, abril 25, 2005

Os meses em que tudo acontece....

Sendo eu uma pessoa que gosta de não cumprir com o que diz, passados quase dois meses cá estou para tentar dizer alguma coisa sobre o que se passou nestes últimos tempos...

E se se passou alguma coisa... Jantares de curso, problemas com alcool, mudanças de habitação, enfim mais à frente relatarei pormenores, dos que me lembrar, e acho que dividirei o texto em duas partes para o caso de ficar demasiado extenso.

Começando pelo princípio, vou falar sobre o grandioso ( ou pretensiosamente grandioso ) jantar de curso que se realizou nos primórdios do mês de Fevereiro.
E com isto vou vos falar também da vertente catalizadora da aguardente e das autoridades nacionais, bem como se pode referir também uma vertente mais inibidora por parte dos pais.

Falando em concreto da aguardente, temos que:

- Primeiro o Homem inventou a roda;
- Depois morreram os dinossauros ( ou morreram antes?.. não interessa);
- Em seguida o Homem adoeceu e teve necessidade de se tratar, como na altura n havia "aspegiques", nem aspirinas, lembrou-se que da casca da uva podiam sair coisas mais bonitas que as passas ( até porque as uvas passas não são só a casca...);
- Inventou-se a aguardente, e com isto a possibilidade de se aguentar um jantar de curso mesmo estando com cerca de 39 de febre...

Prosseguindo, até porque nem tudo são histórias tristes, poderia também relatar-vos um facto que quanto a mim, e não sei se é aplicável a toda a gente que padeça desse mal, mas dizia eu que quando um individuo está mais para lá que para cá, isto depois de ter bebido uns copitos, esqueçam as águas das pedras e essas porcarias pouco naturais, a solução está nos agentes de autoridade pública, ou senão como é possível comprovar por um facto a que eu assisti, basta juntar um jipe da gnr ao tal individuo embriagado, que este instantaneamente reage, ainda que de forma um pouco violenta de início, insultando os mesmos e em cerca de 30 segundos recompõe-se e segue a noite como se não houvesse amanhã.

Vinho verde com vinho maduro não combina dizem eles...

Pois bem, certamente já terão ouvido dizer tal coisa. Pois da próxima vez que ouvirem dizer isto e no caso de terem dúvidas... não tenham. Porquê perguntarão vocemesses. Digo-vos por experiência própria que a mistura destas duas variantes pode ser explosiva, se não olhemos para os factos:

- O vinho maduro serve-se à temperatura ambiente, digamos aí uns 19º/20º;
- O vinho verde serve-se fresco, não interessa a temperatura.. é fresco;
- O vidro quando está quente, ao-lhe ser adicionado água fria está sujeito a inchar e rebentar;
- Com o estômago passa-se o mesmo... para além de ainda estarem sujeitos a perder o equilíbrio e outas coisas mais...
- Lembrem-se sempre: salvem a floresta amazónia! E aproveitem e façam boicote aos produtos pingo doce...

Estes dois episódios apesar de serem conhecidos já por toda a gente tinham de facto que perdurar nestas páginas, desculpem-me se já estão fartos de ouvir falar disto, mas também o blog é meu, logo sou eu que mando...

De qualquer das formas, vou ver se me lembro de mais histórias para colocar por cá... não vou dizer que vou colocar em breve porque já me conheço, mas a queima está por aí à porta façam o favor de passar por Aveiro ;)

sábado, janeiro 29, 2005

A Boa Nova.

Ora pois caro leitor faminto de cultura, cá estamos neste novo e maravilhoso ano.

Já algum tempo não rubricava neste fresco e reformulado espaço, mas lá me decidi a reportar todo o belo acontecimento que desde então nos assolou...

Várias coisas se sucederam desde passagens de ano, aniversários, exames, conversas fantásticas em paragens de autocarro, atropelamentos vegetarianos, enfim uns mais felizes que outros mas passou-se de tudo um pouco.

A passagem d'ano. Bom, este ano decidiu-se apostar forte no "revelhão". Uma entrada em força, e bem regada era o que se esperava e, direi no caso particular, nem uma coisa nem outra. Eram 22h e estava tudo preparado, inclusivé o fatinho reservado para esta especial ocasião, porém as coisas não correram pelo melhor. A ingestão alcoólica verificou-se em tempo inoportuno e demasiado próximo do evento em si, de modos que fomos para a rambóia secos. Ora, milagres só o menino Jesus, e como tal, o grau de inibição era elevado. Houve o recurso a outro tipo de estupefacientes, onde se verificou a confraternização entre povos e o convivío inter-cultural com troca de, não galhardetes, mas palavras amistosas e bafos igualmente calorosos e livres de más intenções.

Entrado o novo ano, aproveitou-se para dançar um pouco e beber do inigualavel champanhe com saber a uma mistura esquisita entre maçã, jerupiga e kunami. Reunimo-nos na secção de comes e bebes onde de resto aproveitamos para descansar um pouco e onde quase se efectuava o câmbio de cumprimentos com um grupo de verdadeiros animais, mas passando à frente, e concluindo, o melhor da noite acabaram por ser uns shots que nos foram servidos, esses sim aditivados, quanto resto a noite de nada teve de especial.

Ou seja, para o ano não contem comigo para ir para uma passagem de ano sóbrio...

Passado este fantastico dia, seguiu-se um intenso período de exames, onde este anormal autor apenas conseguiu fazer duas cadeiras. Entretanto houve um aniversário de um amigo pessoal, que de resto aproveito para saudar, onde mais uma vez a ingestão moderada de alcool foi uma realidade mas neste caso também não havia grande interesse no oposto, de ressalvar por ventura para além de outros factos, a Débora :) o indivíduo do Audi e o vestir do pijama ao me deitar.

Durante este período tive que recorrer a esse fantástico meio de transporte que é o autocarro. O verdadeiro veículo do povo. E como tal sucederam-se alguns episódios minimamente cómicos, nomeadamente um, e este tem de facto muito mais piada ao vivo que contado mas vou me esforçar um pouco para que tenhais uma ideia mais ou menos precisa do sucedido.

Cenário: uma dessas comuns paragens que existem nas ruas; os intervenientes: três mulheres, uma fat bastard ( a que conta as histórias de vida), uma que parecia cigana com a bela da calcinha azul revestida de malmequeres, casaco de "cabedal" e bigode ( só diz sim, não, é verdade), e uma outra aparentemente mais normal mas provavelmente com a 4ª classe incompleta, mais jovem que as outras duas mas com um nível intelectual semelhante ao de um macaco após ter levado uma marretada de um outro, pelo primeiro o ter sudomizado sem a devida autorização ( limita-se a comentar sem acrescentar nada de interessante).

Portanto e para não me perder, já se sabe que, neste caso que não deixa de ser um clássico, o tempo de espera pode ser a coisa mais aborrecida do mundo, ou então se podem falar de temas tão interessantes como a saúde, telemóveis etc... etc...

E de facto quão didáticas podem ser estas conversas, fiquei eu a saber por exemplo que a fat bastard quando era pequena não conseguia dizer a letra g dizendo d, ora não fazem ideia do fartote que ali se gerou quando a sô dona queria dizer fogo, mas so conseguia dizer fodo. Ou então que a filha da mesma carregava o telemóvel da mãe só para não ter de pagar as chamadas que tinha que fazer para a mesma, também se discutiram os enfartes, os cancros e tudo e tudo e tudo.

Confesso que passei ali uma boa hora de espera sendo que no fim cheguei à conclusão que não tinha "caminte" para Vale de Cambra, e regressei para casa, no entanto agradecido àquelas senhoras por existirem e por iluminarem essas paragens de autocarro por esse país fora.

Bom, por forma a não me estender muito mais, espero não sido muito maçador no relato deste mês, a actualização deste blog irá-se proceder com uma maior regularidade a partir deste momento visto o tempo livre disponível ser maior. Gostava de resto deixar uma palavra de amizade para um saco de couves que foi gravemente violentado ao ser atropelado por um veículo conduzido por um outro amigo meu, deixar o pesar ao familiares e desejar ao leitor um bom ano e já agora É QUE JA CHOVIA.

Beijos à prima :)