sábado, junho 18, 2005

Semana do enterro

Ahhhhhhhh...

Uma saudosa espreguiçadela antes de prosseguir com este entusiasmante diário.

Bom vamos ao que interessa...

Segunda, dia 2 de Abril de 2005:

- Cabeça de cartaz: O bem-amado e pai de todos nós Quim Barreiros;

-Dj convidado: o “xôtor” Fernando Alvim;

- Por onde começar pergunto eu... de facto o cartaz hoje prometia ser o mais dado à paródia, mas porquê começar pelo fim...

O dia começou bem cedo ( aí por volta do meio-dia e picos ) e depois da habitual tachada no restaurante de sempre e do roço micósico imposto pelo médico, ao olhar para o sol e verificar que eram perto das duas da tarde ( não eu não andei nos escuteiros..), lembrei que me fora aconselhado previamente uns dias, a comparecer no centro de congressos porque não sei quê carro de curso e tretas desfile bla bla bla.. ( foi este o sumo que aproveitei da conversa ), lembrado isto pego na troucha, monto o cavalo e lá vai ele a galope até ao local de trabalho que me fora comunicado.

Chegado ao local de trabalho, reparo que via muita gravata e pouca nódoa na roupa, pensei, de mim para comigo, FOSTE ENGANADO OH TANSO! Bom, acontece que enganado não tinha sido, mas os dados foram um pouco imprecisos, vai daí recorro ao meu simples nokia 5210 patrocinado pela VODAFONE ( nº 914.. bah.. não queriam mais nada não?) e faço ali meia dúzia de telefonemas enquanto o Zé Castro metia de igual modo meia dúzia de tijolos na obra em que atrolhoava. Perto estava eu, aí a um quarteirão de distância, e chegado ao tão desejado local deparo me com e atenção, um local cheio de pessoas dialogando sobre eventuais projectos de construcção. Não me pareceu que houvesse alguma anormalidade até então, exceptuando o facto de não conseguir detectar vida ambientalistica. Olhei em volta e de facto nada. Esperei um pouco ( 15 minutos ) e lá me decidi a usar o móbil quando me dizem “ já vamos”. Ao se virem dizem-me de imediato “ que cena man, não estou equipada para me sujar vou ter que ir mudar de roupa a casa”, pois minha amiga de facto é chato mas não estavamos lá para ir às compras... Procedo eu então para uma nova chamada, para aquela a quem eu mais devo o facto de ter ido para ambiente ( só dei conta disto depois de a ter conhecido ), a minha (futura) madrinha de curso que quando interpelada pela situação a que foi sujeita me diz “ erm.. vou ver o que posso fazer digo-te já alguma coisa “; o tempo foi alegremente passando e isto quase hora e meia depois em relação à hora inicialmente prevista começa a chegar pessoal cheio de força e ideias para de facto se começar a fazer alguma coisa...

- O projecto:

- Confesso que tive uma ideia um pouco esquisita quando me foi esclarecido qual era a ideia do projecto para o nosso veículo, acho que se fosse a ilustrá-lo daria qualquer coisa como isto:



- Bom a partir daqui limitamo-nos a por as mãos à obra por isso vou avançar para a parte que interessa. A NOITE!

- Agora que falo da noite, acho que o mais complicado é mesmo lembrar-me como é que esta começou. Mas fazendo um pequeno esforço recordo-me que não metia o presidente da junta a distribuir dinheiro ( com algum lamento da minha parte ). De facto metia um tipo de entertenimento menos lúdico mas que de igual serve para passar algum tempo e sempre requer menos investimento: uma jogazinha de Unreal Tournament. Interessante dizeis vós por ventura, tristes deprimentes dirão outros, o que interessa é foi este o ponto de partida para a grande noite. Após algumas discussões sobre onde melhor colocar máquinas digitais por forma a apanhar as colegas de quarto em trajes menores ( ou mesmo sem qualquer traje J ) lá partimos nós em direcção ao recinto, desta feita sem a obrigatória paragem na praça do peixe.

- Atingido o destino ( ao som de Korn que se diga ) não faço ideia a que horas, para aí umas 23 e muitos, 00 e poucos ( afinal faço ideia ... ) , partimos em busca de algo que nos alegrasse a noite. Fomos então aprender a fazer ponto cruz. Ora o ponto cruz é uma coisa interessante se não vejamos:

O ponto cruz básico - primeiramente arremata-se a linha no tecido, e começa-se com movimentos debaixo para cima, fazendo posteriormente um carreira de ida até ao espaço indicado pelo macaco a ser bordado. De seguida inverte-se o movimento e prossegue-se o mesmo seguindo na direcção também inversa ( de cima para baixo ).

Podem conferir com o gráfico seguinte.

- Após este momento extremamente reconfortante e de cariz bastante pedagógico, damos por nós a ser assaltados por um grupo de brasileiras em tangas fluorescentes que nos apontam ameaçadoramente os seus voluptuosos seios equipados com uma recente dose do melhor silicone que se encontra pelo Brasil ( 1000$ = 36 D ) já para não falar nos pontiagudos túrgidos mamilos deveras a pedir uma trinca. O que elas queriam ninguém sabia mas o aparato também não deu para reparar em muito para além do aspecto das meleantes. Nada levaram apenas deixaram o desejo de... bom ok, ok.. por certo terão reparado que tudo isto é um bocado bom demais para ter acontecido ( e não falo das brasileiras ), o que realmente se passou ou não interessa a ninguém ou simplesmente nao me lembro. Recorri ao cartaz e reparei que estava lá algures a Magna Tuna Cartola ( ihey \o/ ) portanto adiante.

- Chega o grande momento, que é como quem diz, fomos “estacionar” lá bem para a frente por forma a podermos sentir com aquele entusiasmo que nos caracteriza, aquelas vibrações vibrantes que nos fazem vibrar. Desde o cheiro do bacalhau, passando pelas mamas da cabritinha, enfim fomos abençoados por todos aqueles doces que deixam qualquer criança de 18 anos e com uns copitos, feliz e com disponibilidade que chegue para dançar ( ou mesmo tirar fotos ) com qualquer dama que não se negasse a fazê-lo.

Foi um grande espectáculo que terminou com os clássicos “comboios” presentes nas festas populares portuguesas.

- Terminado o grande concerto da noite que a mim particularmente me deixou bastante cansado, eis que se seguiu a Cartola’s Band que eu pessoalmente não gosto ( não me perguntem porquê mas não estava com paciência para os aturar ), o que se reflectiu numa paragem momentânea para recuperar o fulgo e emborcar um pouco do nectar revitalizante.

- Para terminar a noite mais um grande nome no cartaz: Fernando Alvim. Quem não conhece este personagem..

Apresentou-se em força em palco, isto seriam aí umas 4 e qualquer coisa da matina e fez aquilo para que foi pago: passar música. Ora quem não está familiarizado com o trabalho desta amostrade adulto poderá pensar que provavelmente é só mais um. Desenganem-se se estão à espera de uma noite com boa música, bom lá terá os seus momentos, mas apostem na paródia confirmada pelas oscilações entre o techno e o pimba, pop ou até mesmo um bocado de rock. Esquisito ou não é uma questão de espirito.

- Falando da performance do artista, podemos começar por referir que estava altamente moralizado ( pronto.. os níveis de álcool no sangue é que eram elevados ), não deixando também de ser oportuno dizer que o homem completava aí uns 30 anos ( ou perto disso ),

- Não eramos muitos a curti aquele grande som, até o majestroso Dj se lembra de tirar a t-shirt. Curioso ou não e por muito que seja coincidência, ( a menos que eu estivesse distraído ) reparei que houve um aumento do espaço disponível no terreno de dança ( o mesmo é dizer que o povo fugiu qual Marias Madalenas). Bom tendo em conta o nível de sinceridade que eu tenho com o leitor, vou contar aquele que foi sem dúvida um dos episódios mais estranhos que se passou na minha miserável vida, se não vejam: não tenho a certeza se era Prodigy que estava na altura a passar, mas eu estava ao rubro. Vai daí que já possuído pela música, sou possuído por trás por alguém que fez o favor de me acompanhar em movimentos que eu considerei deveras agradáveis ( e agradáveis eram também as amigas que roçavam de forma quase bruta nas minhas costas ), nisto ia me eu virar para ver com quem estava eu a ter o prazer de partilhar a noite, quando a mesma se me desaparece e tenho uma visão menos agradável, a de um indivíduo embriagado que se aproxima de mim e me diz “ Eu também gostava de ter umas mamas daquelas a roçar em mim..” ora bom, confesso que fiquei estupificado durante uns bons 5 minutos e a pensar no que é que se tinha passado por ali.

- Até às 6 da manhã foi sempre a “malhar”, com uma ligeira paragem para entoar “ os parabéns” ao aniversariante. Dei saída do recinto seriam aí seis e qualquer coisa, já de dia, e já sem esperança que um autocarro qual cavaleiro andante por lá parasse para nos dar boleia. Iniciei marcha junto com um companheiro ( abraço p’ró Fonseca ) e fomos nós, se não quando o tal salvador passa por nós. Sem forças para arrepiar caminho seguimos desamparados numa viagem de cerca de uma hora a pé. Chegado a casa, pensei por momentos que me tinha equivocado no quarto, isto porque estava lá uma rapariga ( acompanhada do namorado, mas também não interessa ) e a modos que não liguei pívia ao cenário e fui me deitar...

- Momentos altos – O tio Quim e o Alvim não desiludiram antes pelo contrário.

- Sensor-aranha – Leves vibrações mas a tristeza do costume.

Aí está mais um capítulo relatado.. espero que gostem.. por certo estas coisas demoram tempo.. mas dentro em breve (...) colocarei mais qualquer coisa.. entretanto tenham uma boa vida ;)