sábado, janeiro 29, 2005

A Boa Nova.

Ora pois caro leitor faminto de cultura, cá estamos neste novo e maravilhoso ano.

Já algum tempo não rubricava neste fresco e reformulado espaço, mas lá me decidi a reportar todo o belo acontecimento que desde então nos assolou...

Várias coisas se sucederam desde passagens de ano, aniversários, exames, conversas fantásticas em paragens de autocarro, atropelamentos vegetarianos, enfim uns mais felizes que outros mas passou-se de tudo um pouco.

A passagem d'ano. Bom, este ano decidiu-se apostar forte no "revelhão". Uma entrada em força, e bem regada era o que se esperava e, direi no caso particular, nem uma coisa nem outra. Eram 22h e estava tudo preparado, inclusivé o fatinho reservado para esta especial ocasião, porém as coisas não correram pelo melhor. A ingestão alcoólica verificou-se em tempo inoportuno e demasiado próximo do evento em si, de modos que fomos para a rambóia secos. Ora, milagres só o menino Jesus, e como tal, o grau de inibição era elevado. Houve o recurso a outro tipo de estupefacientes, onde se verificou a confraternização entre povos e o convivío inter-cultural com troca de, não galhardetes, mas palavras amistosas e bafos igualmente calorosos e livres de más intenções.

Entrado o novo ano, aproveitou-se para dançar um pouco e beber do inigualavel champanhe com saber a uma mistura esquisita entre maçã, jerupiga e kunami. Reunimo-nos na secção de comes e bebes onde de resto aproveitamos para descansar um pouco e onde quase se efectuava o câmbio de cumprimentos com um grupo de verdadeiros animais, mas passando à frente, e concluindo, o melhor da noite acabaram por ser uns shots que nos foram servidos, esses sim aditivados, quanto resto a noite de nada teve de especial.

Ou seja, para o ano não contem comigo para ir para uma passagem de ano sóbrio...

Passado este fantastico dia, seguiu-se um intenso período de exames, onde este anormal autor apenas conseguiu fazer duas cadeiras. Entretanto houve um aniversário de um amigo pessoal, que de resto aproveito para saudar, onde mais uma vez a ingestão moderada de alcool foi uma realidade mas neste caso também não havia grande interesse no oposto, de ressalvar por ventura para além de outros factos, a Débora :) o indivíduo do Audi e o vestir do pijama ao me deitar.

Durante este período tive que recorrer a esse fantástico meio de transporte que é o autocarro. O verdadeiro veículo do povo. E como tal sucederam-se alguns episódios minimamente cómicos, nomeadamente um, e este tem de facto muito mais piada ao vivo que contado mas vou me esforçar um pouco para que tenhais uma ideia mais ou menos precisa do sucedido.

Cenário: uma dessas comuns paragens que existem nas ruas; os intervenientes: três mulheres, uma fat bastard ( a que conta as histórias de vida), uma que parecia cigana com a bela da calcinha azul revestida de malmequeres, casaco de "cabedal" e bigode ( só diz sim, não, é verdade), e uma outra aparentemente mais normal mas provavelmente com a 4ª classe incompleta, mais jovem que as outras duas mas com um nível intelectual semelhante ao de um macaco após ter levado uma marretada de um outro, pelo primeiro o ter sudomizado sem a devida autorização ( limita-se a comentar sem acrescentar nada de interessante).

Portanto e para não me perder, já se sabe que, neste caso que não deixa de ser um clássico, o tempo de espera pode ser a coisa mais aborrecida do mundo, ou então se podem falar de temas tão interessantes como a saúde, telemóveis etc... etc...

E de facto quão didáticas podem ser estas conversas, fiquei eu a saber por exemplo que a fat bastard quando era pequena não conseguia dizer a letra g dizendo d, ora não fazem ideia do fartote que ali se gerou quando a sô dona queria dizer fogo, mas so conseguia dizer fodo. Ou então que a filha da mesma carregava o telemóvel da mãe só para não ter de pagar as chamadas que tinha que fazer para a mesma, também se discutiram os enfartes, os cancros e tudo e tudo e tudo.

Confesso que passei ali uma boa hora de espera sendo que no fim cheguei à conclusão que não tinha "caminte" para Vale de Cambra, e regressei para casa, no entanto agradecido àquelas senhoras por existirem e por iluminarem essas paragens de autocarro por esse país fora.

Bom, por forma a não me estender muito mais, espero não sido muito maçador no relato deste mês, a actualização deste blog irá-se proceder com uma maior regularidade a partir deste momento visto o tempo livre disponível ser maior. Gostava de resto deixar uma palavra de amizade para um saco de couves que foi gravemente violentado ao ser atropelado por um veículo conduzido por um outro amigo meu, deixar o pesar ao familiares e desejar ao leitor um bom ano e já agora É QUE JA CHOVIA.

Beijos à prima :)