domingo, maio 08, 2005

Ora como eu me engano... quando tempos atrás me referi “ aos meses em que tudo acontece” por certo estava longe de imaginar no que eventualmente se poderia suceder neste mês que ainda nem acabou...

Confesso que este foi sem dúvida um dos melhores meses da minha vida e todo ele foi perfeito à excepção de alguns pormenores que relatarei adiante.

Vou começar talvez por começar por falar de algo pouco ético a meu ver... o enterro das gatas. E diz-me o caro leitor “ó meu animal lá porque tu na altura vias duas gatas era só uma, vê lá se acordas pá vida!”. Pois bem falo de gatas ( mas escrevo sentado... ) porque não me limitei à muy nuebre, porem um pouco pobre, gata de aveiro e fui ver como é que andavam as gatas por Braga ( e que belas gatas... ).


Por forma a não tornar isto muito maçudo vou fazer assim tipo quando estavamos em alturas do Euro. Eu vou ter o meu próprio diário do enterro ( confesso que era um desejo que sempre tive desde puto, mas não tinha dinheiro para canetas e desta forma não gasto tinta).
Não deixa de ser estúpido chamar lhe diário, visto que devia este texto deveria ter sido escrito diariamente e não passados uns dois ou três dias. O problema? Já não me lembro de metade do que se passou, não se pense que foi por ter estado bêbado, prefiro pensar que simplesmente tenho má memória.


O DIÁRIO DO ENTERRO DA GATA EM AVEIRO 2005 ( aposto que não estavam à espera de um título tão original...)

Sábado Dia 31 de Abril de 2005:

- Cabeças de cartaz : Xutos e Pontapés.
- Restantes bandas/ Djs: não interessa ninguém os conhece.

- Foi um dia interessante, foi a um sábado, de resto este foi o primeiro fim-de-semana que passei em Aveiro e como tal o primeiro fim-de-semana que estive na famigerada praça do peixe. Tenho que expressar total desilusão no sentido em que nós em Vale de Cambra temos mais PiTaS! E quero também endereçar um AVÉ a todas as PiTaS desse país. O que é que se retira daqui? O fim-de-semana em Aveiro é menos colorido... Adiante.

- Após dizermos adeus à Super Bock ( sim porque a partir desse momento fomos, qual mártires ( abraço pa esse maluco ;) ), “obrigados” a beber Tagus, a bebida oficial do enterro. E digo obrigados porque não íamos obviamente ficar secos a noite toda.

- Entretanto uns badamecos quaisquer tinham estado a tocar “música”, e eis que se aprochega ( não sei sequer se esta palavra existe mas gosto e eu é que mando ) o tão aguardado momento: os XUTOS! Não me lembro da maior parte do alinhamento dessa noite, apenas me lembro que não conhecia mais de metade das músicas, não querendo dizer que não se tivesse curtido, simplesmente ou saltavamos feito animais e grunhiamos ( para fazer de conta que até sabiamos a letra ), ou “moshavamos” quais borboletas sobre o efeito de drogas muito esquisitas ( digamos que não chegava bem a ser moshe pois não tavamos numa de agressividade).

- Momentos altos do concerto: provavelmente os classicos “a minha casinha”, “à minha maneira”, o último single deles.. ( aquele que mete o coração a cair e parte e essas chinesices, digo eu que para esses casos a porcelana não é aconselhável ... que raio estou para aqui a dizer). O grande espirito que se fazia sentir entre os presentes, as vozes erguendo-se em uníssono para uma só causa: o abaixamento das propinas!.. ou então estavamos só a cantar as músicas, não interessa de qualquer maneira.

- Como terminou a noite? Ora bom, digamos que há coisas que não são fáceis de lembrar. Neste caso... lembro-me ( J ), o pouco povo que restava decidiu ficar até as 6 e tal a curtir o som para ver se gastava as réstias de álcool que perduravam no sangue ( álcool esse que no dia a seguir se sente ( pelo menos a falta dele ) na medida em que nos deixa uma amarga recordação no pensamento ( ou simples dores de cabeça, tonturas, alguns ainda “gregam”, enfim uma festa... ).

- Sensor aranha? Avariado...

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Domingo dia 1 de Abril de 2005:

- Cabeça de cartaz: Jorge Palma ( oh my god que piadético);
- Restasntes bandas/Dj’s: mais um molho que ninguém conhece portanto avança-se;

- Gostava de poder partilhar consigo como é que este dia começou... isto se eu próprio me lembrasse. Julgo dar por mim a almoçar algures, num sítio com mais gente à minha volta o que deve ser bom sinal julgo eu. O resto do dia foi bastante excitante, se não vejam o que fiz, andei a passear cães, mudar a fralda a crianças e ajudei velhinhas a atravessar a estrada.

- Quanto ao início da noite deu-se no local do crime do costume, a praça do peixe com a habitual companhia da loira do costume. Seguidos para a também costume paragem d’ autobus, aproveito já agora para referir a parvalheira das mesmas, visto que era seguido um ritual um tanto ao quanto desprovido de racionalidade, se não vejam: imaginem 1500 pessoas à espera do transporte. Chega o transporte e 1400 dos mamíferos acama-se, eis que nem 2 minutos depois chega sempre um segundo autocarro completamente vazio prosseguindo o restante gado com a largueza proporcional ao tamanho do veículo disponível, o que no leva à priore a concluir ... deixo à larga do leitor, não me apetece concluir nada, até porque estou com vontade pa continuar a escrevir.

- Entrada no recinto sem grandes expectativas quanto à noite, de resto foi a noite menor assistência ( não que tenha havido alguma com grande enchente ), seguiu-se de imediato para o habitual altar no sentido de obter a purificação dos nossos males... a sede, e a inibição causada pela mesma. Não era dificil de facto atingir um qualquer local de culto que nos facultasse o suco divino, mas agora vou fazer uma pausa para falar de algo que nos toca a todos:

E quem é que nunca ouviu falar na chamada barriga de cerveja tão caracteristica no típico tuga? Ou quem é que nunca ouviu falar naquela celulitesinha provocada pelo chocolate na típica tuga?

Pois bem é aqui que entra um pormenor que eu achei deveras curioso e de resto agradável que consiste no facto de um desses templos de oração juntar o útil ao agradável e ao tempo que providência a oportunidade ao povo de ganhar aquela barriguinha também permite que os mesmos ganhem aquela bunda alargada isto tudo pelo mesmo preço. No fundo é só uma forma de as pessoas poderem justificar a má forma em que se encontram “ ai e tal eles é que impingem estas dietas à base de cerveja e chocolate.. sou só uma vítima desta sociedade”;

- Baixas expectativas quanto ao concerto e se à partida não se esperava muito, quando noticiado o suposto estado de inebriedade do artista então as coisas descambaram por completo... até ter começado o espectáculo. Porquê pergunta o paciente leitor, bom digamos que até à terceira música, altura em que se sentou ao piano, o artista foi o que normalmente se parece com.. um artista, o que de seguida se assistiu revestiu-se por certo de alguma comicidade, isto porque o senhor Jorge Palma andou aos papéis ( digamos que pegou nas partituras, andou à procura de alguma coisa mas a única que conseguiu foi deitar as folhas todas ao chão ) um outro episódio deveras cómico foi quando o mesmo após uns dez segundos a olhar para uma folha concluiu brilhantemente “ oops isto está ao contrário “...

- Numa fase em que já se ia a meio do concerto dá-se me uma vontade súbita de fazer algo que ninguém na altura ( nem actualmente ) podia fazer por mim e bem que me emancipo do recinto em que me encontrava para junto da melhor invenção de qualquer acontecimento festivo público. O Toi-Toi. Local de recreação, lazer, ou para espetar uma simples cagadela, o toi-toi proporciona momentos de prazer únicos, orgásmicos ou simplesmente aliviadores, no meu caso específico e no momento em que tal acontecimento se sucedeu, limitei-me a tentar dominar aquele animal que nos possui em épocas em que a bexiga está perto do rebentamento ( caso não tenha percebido o texto acima descrito, digamos que fui urinar ).

- A noite estava da pinta, grande animação, se não que nos dá para ver como andavam as sá-cristãs ali da zona. Iniciamos a ronda e pouco depois demos por nós num local qual confessionário com inversão de papeis, que digo eu? Bom como dizer isto sem ferir susceptibilidades. Inicialmente começamos por falar dos nossos pecados, as quedas em tentação, as injúrias ao próximo, enfim nada de muito extraordinário, e eis que por fim somos sujeitos à penitência: pela módica quantia de um euro cada eu e um caríssimo colega fomos sujeitos a um felácio proporcionado pela sá-cristã. Se por ventura o imaculado leitor ficou chocado ao ler estas palavras, dissuadua-se dessa ideia pois o felácio acima referido não passou de uma simples bebida com teor alcoólico elevado...

- Momentos altos da noite? Apenas aquilo que referi, nao creio que tenha havido nada mais entusiamante que isto...

- Como terminou a noite? Agarrado a uma sandes de chouriço e à espera do autocarro ... ( agora que me lembro não havia sandes de chouriço nenhuma, peço desculpa pela imprecisão do meu comentário). Foi a noite que acabou mais cedo, julgo ter abandonado o barco pelas 5 e qualquer coisa da matina o que de si diz da porcalhota que lá foi nessa noite. Valeu que outras noites superaram esta... just wait for them...

- Sensor Aranha: estranhamente continuava avariado.

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*,* Bom para já vou vos poupar ao resto do testamento J espero que estejam a gostar, brevemente colocarei o resto ( quando estiver escrito muito obviamente ) deste que tem sido um mês de loucuras. Quanto a fotos... quando eu próprio as tiver, poderei disponibilizá-las. Um bem haja a todos vós e sem mais assunto e até uma breve e próxima oportunidade,

Pedro Almeida.